terça-feira, 7 de março de 2017

O que seria de mim?



O que seria de mim se eu não tivesse entendido que a pessoa que me deve lealdade sou eu mesma e que sou a única pessoa disposta a largar tudo por mim? O que seria de mim se vivesse esperando que as pessoas reconhecessem o meu valor e esperasse encontrar nelas abrigo?

O que seria de mim se todas as vezes que tomasse alguma decisão precisasse da aprovação de alguém para mantê-la? O que seria de mim se perdesse a capacidade de aprender e de encarar a vida como ela é? O que seria de mim se só a minha consciência tranquila não me bastasse?

O que seria de mim se não tivesse aprendido a desfrutar de uma boa companhia e principalmente se não soubesse aproveitar os meus momentos de solidão? O que seria de mim se fugisse da mudança por medo do sofrimento e consequentemente me impedisse de crescer?
O que seria de mim se eu negasse tudo o que eu sou?

Certamente não seria uma pessoa que sofre profundamente, que ultrapassa, que paralisa, que vive inconstantemente e que não tem medo de abrir mão seja do que for. E, certamente, não viveria leve e não saberia o quanto é valioso viver honestamente de acordo com os próprios sentimentos.


Andréia Ribeiro Lemos

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