Quantas vezes você já
reparou no quanto as pessoas gostariam de ser diferentes? Diferentes no sentido
bom, no sentido de se destacar por suas diferenças. Então... a verdade é que se
as pessoas soubessem o quanto essa diferença faz sofrer, elas comemorariam cada
vez que se sentissem igual ou parte de algo. As pessoas querem ter o cabelo
diferente, roupas diferentes e forçam aspectos de personalidade que não possuem,
mas a verdade é que quem é diferente, pode andar com roupas iguais às de todo
mundo, ter o cabelo mais comum de todos e não ter nada que a destaque na multidão,
a diferença está na essência.
Qual a vantagem que se tem
em não fazer parte de nenhum grupo? De não se encaixar em nenhum lugar? De ver
que recebe um tratamento diferente por parte das pessoas? Das duas, uma. Ou
você fica feliz por ter alcançado a diferença que tantos procuram, ou se sente
uma bosta de uma excluída. Advinha só qual das duas opções mais acontece? Demorei
para entender a natureza passageira, o porquê de nunca ficar muito tempo num
mesmo lugar. Mas a verdade é que, não dá pra ficar muito tempo sem receber
metade do que se dá, não dá pra ficar com pessoas que permanecem, enquanto o
seu objetivo é transmutar.
Se colocar no lugar do
outro, ter compaixão, enxergar a limitação de cada um, não é uma tarefa fácil e
embora muitas pessoas digam possuir tal qualidade, não se engane, só a possuem
quando isso lhes diz respeito. Qual o limite entre você e o outro? Como diferenciar
as atitudes que você teria mediante alguma situação, da atitude que o outro
possui? Como não esperar que alguém faça por você o que você faria por ele? A
confusão continua... consequentemente a vida também... (ou seria ao contrário?)
Diante de tudo o que acontece
na vida de uma pessoa, a única certeza que podemos ter é que não se pode deixar
de sentir e de se expressar de alguma forma. E também não se pode ter a pretensão de que o outro te
entenda, porque a diferença também se aplica a isso, muitas vezes só quem vai te entender é você.
Andréia Ribeiro Lemos