De onde vem a autoestima? O
que é o amor próprio? Existe sentido em procurar o respeito por si mesmo no
meio externo? Na imagem que você se depara diante do espelho?
Ultimamente considero a
honestidade a maior forma de se amar. Ser honesto e leal a você mesmo e aos
seus princípios. É por meio da honestidade que você tem com você mesmo, que é
permitido que se viva de modo íntegro, e não estou falando dos valores da sociedade
estou falando da integridade que diz respeito ao que você considera viável a
sua vida.
A honestidade de quem sabe
dizer sim e não de acordo com as suas vontades, de quem se permite sofrer, se
permite errar e não desiste dos seus ideais por mais longes de alcançar que
eles possam parecer, de quem comemora suas realizações e não tem medo de
reconhecer quando falhou.
E o que é a honestidade se
não a plenitude? A capacidade de se aceitar e de consequentemente não aceitar
menos do que merece. De se tornar uma pessoa melhor tanto para você mesmo
quanto para os outros, porque quanto mais honesto se é com você mesmo, mais
verdadeiro se torna na relação com o outro.
É tão bom se olhar no
espelho e gostar do que vê não é? Já experimentou olhar para as suas atitudes e
gostar do lugar onde elas te levaram? Reconhecer que a partir delas você foi
capaz de se tornar uma pessoa bem próxima daquela que sempre desejou ser?
A maioria das pessoas não
sabe o bem que faz ser leal a si mesmo e viver sabendo quais são os seus
limites, saber que independente de agradar ou não você não está indo contra
você mesmo, que quando algo não dá certo não foi por que você não deu o seu
máximo e que quando uma relação, seja amorosa ou de amizade termina, não é você
que sai arrependido dela, porque você sabe que foi tudo o que se é e podia ser.
Esse é o tipo de espelho que
mostra o amor próprio. Que te diz que você não passa por cima de você mesmo
para entrar no mundo de alguém e que não finge ser o que não é para poder fazer
parte de algo. É estranho ter de dizer isso as pessoas, mas isso é bem melhor
do que se olhar no espelho e gostar da aparência.
Andréia Ribeiro Lemos