domingo, 22 de outubro de 2017

Depressão

(Uma de suas vertentes)



Funciona assim:
Você acorda e não vê motivos pra levantar;
Você sai da cama e não vê motivos para sair de casa;
Você sai e não vê motivos para realizar nenhuma de suas tarefas;
Você cumpre com as suas obrigações e não vê motivos para voltar pra casa;
Você volta e nada ao seu redor faz sentido... 
Então, você deita, e no dia seguinte não vê motivos para acordar...
Começa tudo de novo. Até que um dia você realmente não levanta.

Ausência de motivos e sentido. Prosseguir sem conseguir visualizar nada a sua frente, sem ter uma ponta de esperança e não acreditar em nenhum tipo de melhora ou futuro promissor. Já olhou pra sua vida e foi incapaz de enxergar vida?

A força que todos fazemos pra continuar enquanto vislumbramos um futuro, não é a mesma força de uma pessoa que continua por continuar, mas acorda e tenta encarar o dia. Se prende ao ciclo, a rotina, ao que se propõe a fazer, porque acredita precisar fazer e não mais que isso. Sem motivo, sem sentido, sem significado. Numa eterna espera de que algo te puxe pra vida.

Procure ajuda.
Um terapeuta pode te ajudar!

Andréia Ribeiro Lemos

domingo, 8 de outubro de 2017

Términos?


Depende do ponto de vista. E depende mesmo. Os términos são tão ruins porque não vemos nada além deles. Não olhamos a caminhada, não vemos possibilidades futuras, estamos presos no fim. O fim nos absorve na sua falta de perspectiva, te aprisiona dentro de uma sala fechada onde você pode gritar o quanto quiser, onde mesmo se alguém ouvir, não irá te compreender.

Do fim não temos nada se não a falta de esperança, e a sensação de tempo perdido. Não é?
NÃO. 
Fechar ciclos é tão natural que não sabemos como fazê-lo. Começo, meio e fim. Somos familiarizados com os termos, mas não aceitamos vivê-lo. Carregamos relacionamentos falidos porque temos inconscientemente a ideia de que terminar é fracassar. Mesmo quando não há mais fonte de crescimento nessa forma de viver.

Temos o poder de reconhecer as sensações de cada encontro, relacionamento e acontecimentos, mas também temos o poder de ignorar o que sentimos. O fracasso está em não fazer o que se quer, em recusar o que já se sabe faz tempo, em mentir pra si mesmo. Aprende-se depois a mudar a forma de encarar o desfecho de uma história. Adquiri-se o dom de enxergar inícios. Ao avistar o fim torna-se capaz de ver além dele, reconhecer que depois algo sempre  começa e que se não for bom ou não der certo o fim existirá pra se possa fazer novos começos, de novo, de novo e de novo.

Não é uma vida feita de términos, é uma vida cheia de inícios, e tudo muda quando se muda a forma de olhar, entendendo que cada vez que você opta ou recebe um não, a vida te torna mais apta ao sim.

Andréia Ribeiro Lemos