Pra começar já é bem difícil
ser boa gente e não se deixar contaminar pelas más energias a nossa volta.
Fofocas, picuinhas, ou um simples “odiei a sua roupa” sempre vão rolar, já
escrevi e já falei inúmeras vezes sobre o quanto pessoas desocupadas e infelizes
estão sempre preocupadas com a vida alheia, para não ter que olhar para o
grande “nada” que é a própria vida. Eis o grande obstáculo que as pessoas boas
precisam encarar: Não dá pra viver em função do que os outros esperam de você e
nem em decorrência da opinião alheia.
O fato é que é fácil
reconhecer boas pessoas, e é mais fácil ainda pra quem deseja tirar proveito
delas. Por que as melhores pessoas que você conhece estão infelizes? Já parou
pra pensar nisso? É fácil ser feliz quando você não se importa com nada e nem
ninguém e vive apenas buscando benefícios, buscando tirar vantagem de suas
relações, mas, por outro lado, é praticamente impossível ser feliz acreditando
que se tem o dever de salvar a tudo e a todos no mundo. As melhores pessoas que
eu conheço, são infelizes porque carregam um peso maior do que conseguem
carregar.
Não sabem dizer não;
Não reconhecem seus limites;
Tem receio em tomar atitudes
que desagradam terceiros;
Acham que tem o poder de
mudar as pessoas;
São rodeadas de sangue sugas
e aproveitadores, e mesmo quando reconhecem isso não se afastam, por pena,
dependência, ou pela simples necessidade de agradar;
São extremamente preocupadas
com o que acham dela;
Não fazem nada em que
se colocam em primeiro lugar... e por aí vai!
A questão é a
seguinte: se a gravidade já existe para que o mundo fique quietinho onde está,
quem foi que disse que você precisa segurar ele nas costas? Longe de mim querer
formar indivíduos completamente egoístas, mas o princípio básico para fazer bem
aos outros é cuidar de si mesmo. O simples fato de viver bem, sendo autêntico
nas suas escolhas, faz com que as pessoas ao seu redor vivam bem também, e se
essas pessoas não ficarem bem com isso, sinto te dizer que provavelmente elas
ganhavam alguma coisa com a sua infelicidade.
E aí? Vai viver sua
vida ou vai se adequar a necessidades que não são suas?
Andréia Ribeiro Lemos