Enquanto estivermos vivos e
tivermos a capacidade e o direito de fazer nossas escolhas, vamos seguir
pontuando a vida. As histórias que vivemos, embora não prestemos atenção em
tudo, são o que com o passar do tempo vão nos definindo como pessoas e
mostrando o caminho que gostaríamos de seguir.
No meio do turbilhão de
acontecimentos, da nossa vida ou das coisas que vemos acontecer no mundo, vamos
reavaliando a nossa forma de pensar ou pelo menos é o que deveríamos fazer. Se
formos repensar a vida, de maneira mais prática que emocional, vamos nos
deparar com o seguinte pensamento: Em todas as histórias que vivemos, todas com
seus diferentes temas e personagens, tudo o que passamos foi estabelecido por
nós, pelo jeito que observamos a situação e pelas pessoas que deixamos fazer
parte dela.
Tem pessoas que tem tendência a
sempre dividir a vida com vírgulas, deixando tudo sempre em aberto, esperando
que a situação se resolva sozinha. Outras preferem colocar um ponto final em
tudo que não as agradam de alguma forma, não deixando espaço para uma segunda
chance em nada.
Quando saber que pontuação
colocar em uma situação? Essa é uma das dúvidas e uma pontuação (?) que a vida
também coloca nas nossas histórias. Independente se fechamos histórias por completo,
se colocamos uma vírgula por não conseguir ver uma etapa se fechar ou se
ficamos na dúvida do que fazer, o melhor da vida, na minha opinião, sempre
serão os momentos em que podemos fechar uma parte da história com uma
exclamação. A parte em que não há dúvidas, pontos definitivos, nem uma pausa na
narração. É a parte em que simplesmente vivemos o que dá para sentir, a parte
em que temos de nos lembrar como respirar porque até o mais primitivo dos atos
é esquecido pela euforia do momento.
Enquanto todo o resto da vida
por vezes tenha um efeito letárgico e te faça viver apenas com o que você supõe
que seja o que se deve fazer, o que as pessoas esperam de você, nesse outro e
único momento você tem certeza de quem você é e do que gosta de fazer e de ser.
É quando você não consegue rir baixo e nem manter a pose, é quando tudo que
você construiu para a sua boa imagem não faz o menor sentido e você não pensa
duas vezes antes de colocar tudo a perder, é não se preocupar em ser ridículo
por um instante.
É claro que não se deve viver
apenas desse momento, ele deve ser exatamente isso... “um momento”. Há pessoas
que vivem a vida como se não houvesse com o que se preocupar e outras que não
se deixam levar por nenhuma situação e precisam ter o controle de tudo, mas,
dentro de uma vida típica, com preocupações, responsabilidades e diversão,
podemos apreciar esse momento sempre que nos for possível vive-lo.
O que acontece no decorrer da
vida pode ser estabelecido por nós, ou a pontuação de certa história pode ser
colocada por outro, mas esse momento é inteiramente nosso. Sem programação, sem
tanta auto monitoração, sem medo de não ser apreciado. É a realidade do que
somos, é o nosso momento inteiramente revelado em espontaneidade.
Andréia Ribeiro Lemos
Eu tenho uma teoria: a gente vive o que tem que viver...e as pontuações da nossa história, enfim, depende sim de nós mesmos. Independentemente da interferência ou não de um terceiro, pois as consequências serão vividas e sentidasna propria carne.
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