domingo, 8 de abril de 2018

Meu próprio caminho



Tem muito o que se pensar, muito o que se falar e muito pra sentir. A sua necessidade de definir, rotular e fazer sentido, diz de você e não de mim. É que ainda tem muito o que descobrir e muito pra simbolizar. E de repente sua opinião não conta, a opinião de ninguém me interessa. Pouco importa se irão entender o que faço ou não.

A descoberta envolve mutação, diz sobre de repente você deixar de ser para ser, é matar algo, para que alguma coisa mais viva nasça no lugar, é transfigurar partes e torná-las muitas vezes o completo oposto do que eram. E então, quando encontramos em nós a disponibilidade à mudança, percebemos que somos apegados a uma infinidade de coisas por puro comodismo ou vaidade, por não querer passar uma imagem volúvel, esquecendo que crescer envolve as mudanças de ponto de vista ou a sua expansão.

E o medo? Aquele medo que dá quando se percebe que não está fazendo parte de nada. Pra onde eu vou? Em que lugar me encaixaria agora? E quanto mais você se difere, mais solitária fica a caminhada, e essa vai ser sempre a parte mais difícil... É essa dificuldade em encontrar quem queira percorrer o mesmo caminho, enxergando de forma semelhante.


Andréia Ribeiro Lemos

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