sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Circunstancial


É que a minha sinceridade nada tem em relação a falar tudo o que penso, mas com as ações e reações de cada encontro. Tem relação com os sentimentos e com a vontade de me manter perto ou longe. Tem a ver com as mãos, com os olhares e com a postura.

As palavras curam, as palavras ferem e em meio a verdades circunstanciais, nem tudo é relevante para ser dito, mas a proximidade e a distancia podem ser escolhidas. Falar quando se achar que deve, calar quando achar que for o momento, mas, agir de acordo com o que se sente, integrando ações equilibradas a pensamentos e emoções construídos e lapidados com o tempo e as experiências. Dar explicações quando achar necessário, a quem se importar e diferenciar a quem e como se reportar.

Da sinceridade que mais parece irmã gêmea da ignorância, pouco sei, mas do pouco que presenciei não a vi dando resultado satisfatório. A sensibilidade tem dessas coisas, não é o quanto alguém concorda ou discorda, é a validação que se tem que é levada em conta. E não existe outro meio se não as conversas para conhecer alguém, mas depois de algumas delas não é tão difícil descobrir qual postura tomar depois. 

Muitas das verdades de ontem não são mais as de hoje, nos enganamos e mudamos de ideia com frequência, e que bom que é assim. Preferencialmente para evitar uma porção de aborrecimentos e adoecimentos, nossas ações precisam estar alinhadas com as nossas verdades e dúvidas que de hora em hora vão mudar.


Andréia Ribeiro Lemos

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