segunda-feira, 17 de julho de 2017

Caminhando com a ansiedade


Quando menos se espera vem a palpitação...
O coração acelerado, as mãos formigando e a cabeça a mil!
Se essa inquietação não colocasse peso nos passos, bem provável não apareceria metade das vezes...
Se andasse alinhada com o tempo de cura e com as reais necessidades, apareceria menos ainda...
O problema é que ela anda desacompanhada, e passa a frente de tudo, sem ponderar ou avistar as possibilidades.
Vai empurrando seu corpo para traz enquanto arremessa sua mente para frente.
Vive do “desviver”.
Não permite a ação, porque muito antes, provável que já tenha dado errado...
Se a ansiedade fosse trabalhada também ela poderia ser usada a seu favor, como todas as outras coisas, mas, também como todas as outras, quase sempre para aprender a usar em seu benefício é preciso tê-la sentido na sua pior versão.
É preciso aceitar sua pausa desconcertante...
Apreciar sua visita penetra...
E não tentar expulsa-la a todo custo, sem antes entendê-la...
Só se digere bem o que foi mastigado repetidas vezes...
Só dá pra se livrar daquilo que se esgotou e se transformou dentro de nós.


Andréia Ribeiro Lemos 

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