Quando menos se espera vem a
palpitação...
O coração acelerado, as mãos
formigando e a cabeça a mil!
Se essa inquietação não
colocasse peso nos passos, bem provável não apareceria metade das vezes...
Se andasse alinhada com o
tempo de cura e com as reais necessidades, apareceria menos ainda...
O problema é que ela anda
desacompanhada, e passa a frente de tudo, sem ponderar ou avistar as
possibilidades.
Vai empurrando seu corpo
para traz enquanto arremessa sua mente para frente.
Vive do “desviver”.
Não permite a ação, porque
muito antes, provável que já tenha dado errado...
Se a ansiedade fosse
trabalhada também ela poderia ser usada a seu favor, como todas as outras
coisas, mas, também como todas as outras, quase sempre para aprender a usar em
seu benefício é preciso tê-la sentido na sua pior versão.
É preciso aceitar sua pausa
desconcertante...
Apreciar sua visita
penetra...
E não tentar expulsa-la a
todo custo, sem antes entendê-la...
Só se digere bem o que foi
mastigado repetidas vezes...
Só dá pra se livrar daquilo
que se esgotou e se transformou dentro de nós.
Andréia Ribeiro Lemos
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